quinta-feira, 20 de abril de 2017

Atlético perde no Paraguai




por Priscila Oliveira

O Atlético perdeu de 1 a 0 para o Libertad no estádio Nicolás Leoz, em Assunção no Paraguai, na quarta-feira, 19 de abril. A partida foi válida pela 3ª rodada do Grupo 6 da Conmebol Libertadores Bridgestone. O Alvinegro segue com quatro pontos e divide a liderança do grupo com o Godoy Cruz. (Ao final da rodada, o Galo perdeu a liderança).

O Atlético foi vencido mais pela chuva que pelo adversário. Ou pela falta de ousadia, talvez. Com dois dias chuvosos em terras paraguaias, o gramado virou um pasto. Está certo, que estava ruim para os dois lados. Mas, imagina isso para o time que está sendo moldado ao toque de bola, à técnica. Assim, o mandante já saiu um "cadim" à frente, porque sabia onde estava pisando e nem permitiu que os jogadores atleticanos fizessem o reconhecimento do campo de batalha. E o Galo saiu um "cadim" atrás, ao não optar por outro estilo de jogo, menos técnico e mais raçudo, no abafa de outrora, já que não havia condições para toque de bola.

Faltou ao time de Roger chutar a gol, arriscar... Quatro finalizações em 90 minutos foi pouco. Faltou chutar de longe, de perto, de qualquer jeito. “Chuvera" bola na área do adversário. É Libertadores, pô! O time que inventou a raça a guardou neste jogo. E isso é que difícil de reconhecer. Desculpe se parece exagero, é que derrota em Libertadores toma maiores proporções.

Quatro meses é um tempo razoável para o treinador mostrar serviço. Tem gente que ainda acha cedo para maiores cobranças. Acredito que seja hora de ligar o alerta.  Antes apertar o cinto agora que chorar depois.

Também acredito que, às vezes, o técnico se apega tanto ao seu estilo de jogo, está tão fechado naquilo e não quer dar o braço a torcer que acaba não percebendo que o tempo, a atmosfera, o clima, o cenário mudaram. E o jeito de jogar do time também deve mudar, tem que ter alternativas para não abdicar da vitória, ou no mínimo lutar por ela até o fim. A forma como se perdeu este jogo é que preocupou.

Por ora, isso não é cobrança para que o time voe e ganhe de todo mundo, é um pedido por criatividade, chutão, luta, atitude/vontade. Afinal, nem sempre as condições serão totalmente perfeitas para jogar um futebol de almanaque, de fundamentos perfeitos. “O ótimo é inimigo do bom”, já dizia o sábio. Então Roger, arruma a casa aí que a Massa vai junto!


Saudações Atleticanas!!!

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