segunda-feira, 15 de setembro de 2014

Atlético domina, mas fica no empate com Grêmio


por Priscila Oliveira

O Atlético ficou no 0 a 0 com o Grêmio na noite desse domingo, 14 de setembro, na Arena Independência. A partida foi válida pela 21ª rodada do Campeonato Brasileiro. Com o ponto conquistado em casa, o Alvinegro está com 31 pontos e se manteve em 8º lugar na classificação.



Mais um jogo onde o domínio atleticano prevaleceu. O time jogou bem, principalmente no 1º tempo, teve mais volume de jogo e ótimas jogadas no ataque, mas faltou capricho para o golzinho sair. E, foi por muito pouco que ele não saiu. Mais um jogo em que o apito inimigo decidiu. Sim porque o ‘golzinho’ que o time merecia desde a etapa inicial, não aconteceu porque o árbitro Jailson Macedo de Freitas marcou falta (inexistente) de ataque de Leonardo Silva, parando a jogada antes do cabeceio certeiro de Luan para o gol, aos 19. Teve ainda um lance que pareceu pênalti maroto em Diego Tardelli. Ou aquilo foi pênalti, ou agora é permitido o adversário subir no atacante para tirar a bola. Explica-me! Somado ao “erro” da arbitragem também na semana passada, quando validaram o gol impedido do time curinthiano, já são, no mínimo, três pontinhos surrupiados do Atlético (um ponto de um possível empate lá e, mais dois, de uma vitória aqui). Tem que ver isso aí. Normal, não é!

Entendi menos a torcida que pediu raça, falou que o time jogou mal, culpou o técnico e alguns jogadores. Foi sim uma boa apresentação do time e os números não mentem. O Atlético teve quase 60% de posso de bola, 371 passes certos contra 269 do adversário, 16 finalizações (entre certas e erradas) contra quatro, 22 desarmes certos contra 18, três impedimentos contra zero, sete escanteios contra dois. E, as estatísticas teriam sido massacrantes não fosse o Grêmio voltar melhor no 2º tempo, ganhar o meio de campo e diminuir o ímpeto atleticano.

Dos 371 passes certos do Galo, 53 foram do Marcos Rocha e 49 foram do Emerson Conceição. Mas, a torcida preferiu focar na meia dúzia de passe (ou nem isso) que este último errou. E errou, principalmente, depois de começar a ser vaiado. Se o jogador já não é bom, imagina com vaias... É preciso ser no mínimo justo.

Eu vi um Atlético superior e mais próximo da vitória que o adversário, que foi prejudicado sim pela arbitragem. Mas, parte da torcida está banalizando isso. Do outro lado tem um time bom, que venceu quatro partidas seguidas no campeonato e foi parado pelo Alvinegro. Alguns atleticanos parecem viver no primeiro semestre de 2013 até hoje e querem show no Horto todo dia. Vi que quando Levir tirou o ótimo, mas cansado, atacante Carlos para a entrada de Guilherme (que havia sido pedido pela torcida), foi para recuperar o meio de campo que o time tinha perdido na etapa final. Carlos pediu pra ser substituído. E teve gente que pediu Guilherme e vaiou o jogador no primeiro passe errado que ele deu. Vai entender! Vi que quando o técnico substitui o volante Leandro Donizete, pelo atacante André é porque ele queria o time ofensivo, optou por mais um homem de frente a lutar pela vitória. Embora André seja fraco, era o que tinha para aquele momento, já que Jô estava fora até do banco. Isso sim pode ser considerado o único equívoco do técnico.  Com tantos desfalques, abrir mão de Jô até no banco, mesmo com tantos jogos sem marcar, foi improcedente. Ele é uma referência no ataque e que atrai marcadores. No 2º tempo, a presença dele poderia ter sido uma opção melhor que André.

Pra falar de coisa boa, Tardelli e Carlos no 1º tempo e Marcos Rocha fizeram um grande jogo, mas, foi uma “partidaça” do zagueiro Jemerson. Como já disse por aqui, uma grata surpresa em um ano atleticano não muito bom. Quando zagueiro se destaca é bom pra ele que ganha respeito e reconhecimento, e ruim para o técnico e para quem assiste ao jogo, porque evidencia a perda de meio de campo, citado linhas acima. As jogadas construídas pelo adversário no meio para chegar ao ataque, foram paradas por Jemerson, na maioria das vezes, antes da área.

Enfim, empate em casa é ruim porque lá se foram dois pontinhos irrecuperáveis, contra um adversário direto na luta pelo G-4. Mas, o resultado não devia ter sido motivo para tanto alarde por parte da torcida como foi, afinal nem todo adversário é aquela ‘babinha’. E esse empate não me pareceu culpa, principalmente, do treinador. Não mesmo!

Saudações Atleticanas!!!



Só pra constar: O jogo também marcou o início da entrada dos sócios GNV Prata com o cartão com chip. Durante a semana a venda online já tinha sido um sucesso e, a entrada dos sócios, foi eficiente e tranquila. Início de uma nova era, de menos filas e menos cambistas.

Durante a semana, a CBF limitou para 22 o número de crianças a entrarem com jogadores em campo no início da partida. O Atlético, felizmente, não acatou essa determinação ridícula.

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